Review: Fugitive of the Judoon.

17:15 luvdoctorwho 4 Comments


Eu começo esse review dizendo que ainda estou sem estruturas e com as pernas bambas depois de todos os acontecimentos. E dito isso confesso que talvez não saiba exatamente por onde começar. 

Depois de Spyfall e o retorno do eterno inimigo da Doutora, o Master, eu achei que não tinha mais que me preocupar com nenhum grande momento na série, ou seja, nada grandioso, porque o que poderia ser maior que uma nova regeneração do Master? Bom, Chris Chibnall, sentou e disse: Amada, vocês não sabe da missa a metade. E estava completamente certo. Confesso que foi mais do que uma surpresa, foi a encarnação do emoji com a cabeça explodindo, foi grandioso e foi incrível. 

Durante a semana que precedeu o episódio a BBC começou a soltar pequenos teasers, dizendo que era melhor não perder o episódio dessa semana, que nós não estaríamos esperando o que estava por vir, e chegou até a incitar em forma de tweet que "alguém estaria voltando" e apagando esse tweet segundos depois, numa estratégia esperta, para que nós focássemos só nisso. Alguém vai voltar, e é isso. 

Vamos começar por ai então. Alguém realmente voltou. E que retorno meus amigos. Ele, que sempre disse que era 'só chamar', que nunca deixou sua passagem pela série morrer, que nunca abriu mão dos fãs e sempre reconheceu a importância da série para sua carreira, John Barrowman. O quão incrível foi ver esse homem de volta? Depois de anos e de ser esnobado pelo Moffat em "A Good man goes to War" - teve toda aquela história que o Capitão Jack foi chamado para estar no time do 11th Doctor nesse episódio, mas que o Moffat teria cortado a participação dele na última hora - ele finalmente está de volta. Nós tivemos alguns minutos de Capitão Jack Harkness, onde ele tentava achar a Doutora, da pior forma possível, já que em todas as vezes ele acabou com os Companions. Eu confesso que acho incrível todas as vezes que o Graham é confundido com a Doutora, porque afinal as pessoas estão acostumadas a esperar por um homem.E que isso continua sendo usado durante a temporada, com um modo de continuar reafirmado que ELA É UMA MULHER!! Sim, a Doutora agora é uma mulher, para o que o Jack responde: "Oh, eu preciso ver isso", e não é só ele, todos nós, NÓS PRECISAMOS VER ISSO. 

Esse review está sendo escrito depois da entrevista do Chibnall para o The Mirror, então não tem como não abordar as falas do showrunner que fazem toda a diferença aqui. 

Na entrevista ao The Mirror, o Chibnall afirmou que não veremos mais o Capitão nessa temporada, ou seja, essa foi a participação dele. Ele veio avisar a Doutora que o "Cyberman solitário" está chegando. Ele foi o garoto de recados. E honestamente eu não me sinto confortável com isso, e me faz desacreditar do showrunner, e me parece impossível, já que assistindo pela primeira vez, na minha cabeça, quando ele fala "Quando ela precisar eu vou estar lá" eu entendi quase como uma promessa de retorno. Nós já vimos pelos trailers que a Doutora vai sim ter o seu momento com os Cybermen, então porquê não? Não entra nessa minha cabeça que eu vou ser privada do encontro do Capitão Jack Harkness com a 13th. Não podemos ser privados desse encontro. Uma cena que definitivamente entraria para história dessa série. E não tem como o Chibnall não ter esse mesmo sentimento. 

Passando pelo que foi prometido nos teasers, nos resta dizer que esse retorno foi meio apagado pelo verdadeiro propósito do episódio. O Jack estava ali, quase que para desenhar um arco, ou dar início a uma história que ainda nem começou. A verdadeira história desse episódio ainda seria revelada na forma de uma nova Doutora. 



A 13ª Doutora estava tentando entender porque os Judoon estavam na terra. o que ou quem eles estavam procurando. E ela sabia que tinha a ver com a Ruth. Nós não vamos focar no retorno dos Judoon nesse review, até porque eles também acabaram ficando em segundo plano, ou terceiro plano, ou talvez em plano nenhum, com tudo o que aconteceu. Eles foram contratados por alguém, para encontrar alguém, e é isso. 

Se você assistiu todas as temporadas de Doctor Who e claro que você assistiu, e posso afirmar aqui que talvez tenha assistido mais de uma vez, você começou a pegar algumas pistas durante o episódio, e claro, começou a ser transportado em pequenos flashs para Family of Blood/Human Nature, aquele episódio onde o 10th Doctor precisa se esconder na terra e se passar por humano, onde ele usa o arco camaleão para colocar sua essência de senhor do tempo em um relógio. Ou até mesmo conectou com o YANA, do Master. E antes mesmo de sermos levados até a cena do farol, você já tinha alguma ideia do que ia acontecer. Era obviamente uma senhora do tempo. Mas ninguém, e eu afirmo, absolutamente ninguém, estava preparado para o que estava por vir. Em um corte de cenas maravilhoso, onde vimos a Jo quebrando o vidro e tendo suas memórias restabelecidas, enquanto a 13th escavava um túmulo vazio e encontrava uma TARDIS enterrada, descobrimos que a Jo na verdade era a própria Doutora. E a partir daí, nada do que vimos antes nesse episódio importava mais, a gente nem lembrava do Capitão Jack ou dos Judoon, nós tínhamos acabado de ser apresentados a uma nova versão da Doutora, mais uma mulher e dessa vez negra. Você pode achar que isso não é importante, mas é. O mundo precisa disso, todo mundo precisa se ver e se reconhecer nas coisas e Doctor Who está cada vez mais, se tornando uma série para todos. Não é só pra homem, não é só pra adulto, não é só para brancos. É inclusiva, é pra mim, pra você, pra ela, pra ele, é para todos. 

Voltando na entrevista do The Mirror, o Chibnall confirmou que sim, a Jo é uma versão da Doutora e contra todos as nossas teorias ele disse que ela não é de um universo alternativo. Então de algum jeito, ela está na contagem real. Não seria a primeira vez que isso acontece. No especial de 50 anos, fomos apresentados ao Doutor da Guerra, e aconteceu a mesma confusão. Ele vinha depois do oitavo Doutor e isso mudaria a contagem, o que nós sabemos que é uma coisa importantíssima para a mitologia da série. O 9th, o 10th, o 11th, o 12th e a 13th, não seriam mais os mesmos. Então o Moffat veio com a solução perfeita e disse assim, Bom, O Doutor da Guerra ele não é reconhecido com um "Doutor" então ele não entra na contagem. E funcionou, nós reconhecemos ele como o "Doutor da guerra" e a vida seguiu em frente porquê nós aceitamos e nos acostumamos a tratá-lo assim. Mas ai vem o outro problema, tudo indica que a Jo está no passado da 13th, e por algumas dicas durante o episódio, nós fomos levados a pensar que ela não está entre os Doutores da New Who e sim nos Doutores da Classic. Seria o Chibnall corajoso o suficiente para mexer com o William Hartnell? Chibnall disse que estava ciente da mitologia da série mas também disse que não tinha medo de mudar algumas coisas, afinal de contas Doctor Who está sempre mudando.


Entre todas as teorias possíveis e depois de revirar toda a internet lendo tudo o que todo mundo está pensando, cheguei a uma que me agrada mais. A Jo tem uma TARDIS, então ela não poderia vir antes do 1st do William Hartnell, já que a TARDIS ficou presa nessa forma com ele. Então ela só poderia vir depois. E a Jo também não tem uma Sonic Screwdriver o que me leva de volta para a Classic onde vimos pela primeira vez uma versão da Sonic nas mãos do segundo Doutor em "Fury from the Deep". Então talvez uma Doutora entre o 1st e o 2nd Doctor? Mantendo intocável o Primeiro Doutor e acalmando a fúria dos Whovians.  

Outra teoria, seria baseada no que o Jack falou para os Companions, que "a aliança enviou algo pelo tempo e espaço...", juntando isso ao que a Jo falou para a Doutora na TARDIS, que ela tinha um trabalho, que ela não podia se demitir, não teriam os senhores do tempo enviado a própria Doutora para resolver isso? Uma Doutora do passado, porque Gallifrey ainda existe na época da Ruth, e depois apagado a memória dela. Isso explicaria também, o porquê da 13th não lembrar. Vale adicionar que nós sempre quisemos ver a Doutora viajando com um Companion que não fosse humano da terra e Inglês e a nova Doutora viaja com um Companion de Gallifrey. Quem é ele? Porquê ela está viajando com um soldado Gallifreyano. Isso não foi explicado, ele tem treinamento, medalha de honra, mas ele não está com a mente escondida. E quando ele é escaneado da humano. Com certeza tem mais coisa nessa história. 

Não da pra ter certeza de nada. Mas da pra ter certeza que o que quer que seja, nós somos capazes de aceitar e nos acostumar. Já fizemos isso antes, já aceitamos e já seguimos em frente. Talvez para poucos de cabeça fechada e mentalidade pequena, seja mais difícil aceitar, ou melhor, seja mais difícil entender que a Doutora é uma mulher e que ela vai continuar sendo uma mulher e que o que está por vir está nas mãos do showrunner, e que se ele vai ou não mexer em pontos importantes da série, é com ele e não tem absolutamente nada a ver com o gênero da personagem. 

O que podemos afirmar com certeza, é que a nova Doutora é incrível, que em um episódio ela em cada cena, em cada gesto, em cada decisão de atuação, nos convenceu de que é bad ass e não nos fez duvidar em nenhum momento de quem ela era, A DOUTORA. Jo, você é incrível. 
Comentários
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4 comentários:

  1. Muito bom o review meninas! Sucinto e claro. Só não entendi a possibilidade de ser entre o 1st e o 2nd. Ele não regenerou na frente do Ben e da Polly?

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  2. não vejo logica alguma nela estar entre o 1 e 2.
    só consigo ver um personagem forçado e sem espaço algum.

    não tem comparação. o doutor da guerra precisou de uma necessidade para existir, não simplesmente algo forçado jogado no e enfiado no cannon porque sim.

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  3. Não gostei nem um pouco dessa "nova" doutora aí, puta que pariu tanto ator britânico foda pra trazer eles trazem logo ela aí? mas que bosta... decepciontante.
    E essa chimbpaunocu tirando doctor do cu só pra colocar mais "diversidade" forçada e cagar em cima do canon, tomara que essa série acabe logo...
    Bagulho forçado, FORÇADO!

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