O que eu fiz nas minhas férias de Natal - Por Sally Sparrow.
Meu nome
é Sally Sparrow.
Eu tenho
12 anos, tenho cabelos castanhos, aparelhos que quase não da para ver, uma
marca no meu joelho esquerdo de quando eu cai de bicicleta quando eu tinha 10
anos, e pais. Eu também tenho um irmão menor que se chama Tim. Minha mãe disse
ao Sr. Medford que Tim não foi planejado e dá pra ver porque o nariz dele não
é reto, seu cabelo é levantado e eu não posso acreditar que alguém faria isso
de propósito. Ou suas orelhas.
Eu sou
muito boa em inglês, a Senhora Telfer diz que eu tenho um excelente vocabulário.
Eu tenho 16 amigos que na maioria são garotas. Ainda não me interesso muito por
garotos, por causa de todo o barulho.
Essa é a
história dos eventos misteriosos que aconteceram comigo no Natal no chalé da
minha tia gorducha e o que eu descobri debaixo do papel de parede do meu quarto
que me fizeram ficar desconfiada.
Eu estava
ficando no chalé da minha tia gorducha porque minha mãe e meu pai viajaram no
final de semana. Tim estava ficando com seu amigo Rupert (que eu também não
acho que foi planejado por causa de seus dentes) então eu me encontrei mais uma
vez no quarto extra do chalé da minha tia no campo, que fica em Devon.
Eu amo o
chalé da minha tia. Da janela da cozinha só dá pra ver o campo, por todo o
horizonte, é tão quieto que você consegue escutar a água pingando das folhas no
final do jardim. As vezes quando me deito na cama eu consigo escutar o trem bem
de longe e sempre me enche com um grande sentimento, como de tristeza, mas de
um bom jeito. Meu quarto na casa da minha tia é bom. Bem grande, com um
guarda-roupas bambo que sacode seus cabides quando você passa por ele e grandes
flores amarelas no papel de parede. Quando eu era pequena costumava sentar e
encarar essas flores e quando ninguém estava olhando eu tentava pegá-las, como
se fossem flores de verdade. Ainda dá pra ver uma parte rasgada de quando eu
tentei tirar uma da parede quando eu tinha três anos, e sempre que entro no
quarto a primeira coisa que eu faço e ir direto até essa flor e tocá-la, só
para lembrar. Eu falei sobre isso com meu pai, nós achamos que é nostalgia.
Foi por
causa dessa flor e da Nostalgia que eu conheci o Doutor pela primeira vez.
***
Faltavam
três dias para o Natal. Eu tinha acabado de chegar na casa da minha tia, e como
sempre eu dei um abraço nela e corri para o meu quarto pendurar minhas roupas
no guarda-roupas bambo. E como sempre eu fui direto para a flor amarela rasgada
na parede, ajoelhei do lado (eu sou grande agora) e toquei. Mas dessa vez eu
fiz uma coisa diferente. Eu não sei porque. Eu ouvi minha tia chamando lá de
baixo me falando pra não demorar porque ela tinha feito minha comida preferida
e já estava na mesa, e normalmente eu correria lá pra baixo. Talvez porque eu
soubesse que ela queria falar sobre a escola e as vezes você não quer falar
sobre isso (desculpa Sr. Telfer) ainda mais se você usa aparelho e tem cabelo
crespo, as pessoas podem ser meio bobas com esse tipo de coisa, mesmo quando eles
deveriam ser seus amigos. Talvez fosse porque eu estava pensando em quando
tinha três anos e como agora as flores pareciam menores.
Na
verdade, acho que foi porque Mary Phillips inventou uma música sobre meu cabelo
e eu estava um pouco brava e meus olhos estavam embaçados, do jeito que eles ficam quando
você sabe que vai chorar se você não se concentrar. Enfim, meus dedos estavam
sobre a parte rasgada, e eu estava pensando na música no cabelo e de repente
era como se eu simplesmente não me importasse! E eu comecei a rasgar o papel um
pouco mais! Só um pouco no começo, eu meio que puxei pra ver o que aconteceria.
E eu continuei! E sabe como as vezes parece que você está em um sonho - você
está fazendo alguma coisa, mas não parece que você está fazendo, mas que você
está assistindo? Bem, eu continuei e arranquei a flor toda da parede. Toda uma
camada de papel de parede e eu arranquei tudo!
E então,
oh meu Deus! Eu apenas encarei!
Uma vez
eu li uma história de uma garota que se assustou e o escritor disse que ela
sentiu o cabelo arrepiar. Eu achei que era idiotice e ficaria bem estupido, como
meu irmão. Achei que o escritor estivesse inventando, porque não poderia
acontecer. Mas eu estava errada. Eu pude sentir acontecendo agora, começando
pelo meu pescoço, então todo o meu couro cabeludo estava efervescendo e
formigando.
E aqui
está o que estava escrito de baixo do papel de parede. "Sally Sparrow, me
ajude".
Eu olhei
mais perto, tentando ver se era uma pegadinha, e notei outra coisa. Mais
palavras, escritas de baixo daquelas outras, mas ainda estavam cobertas pelo
papel de parede. Bem, eu pensei, eu já arruinei o papel de parede então eu não
tinha nada a perder. Cuidadosamente, eu arranquei mais um pedaço. Em baixo só
havia uma data. 24/12/85.
Vinte
anos atrás, alguém nesse quarto, pediu a minha ajuda. Oito anos antes de eu ter
nascido.
***
"Véspera
de Natal, 1985? Desculpe, eu não me lembro." Minha tia estava franzindo a
testa do outro lado da mesa, tentando pensar.
"Você
pode tentar, por favor? É muito importante. Talvez você tenha recebido alguém, ou
amigos dormiram aqui ou alguma coisa assim? Talvez no meu quarto."
"Bem
nós demos algumas festas de Natal, quando o seu Tio ainda era vivo."
"Ele
ainda está vivo. Ele vive em Stoke com o Neville."
"Você
pode dar uma olhada no galpão."
"Porque
ele estaria no galpão, tia, ele está muito feliz com..."
"Pelas
fotografias." Ela estava olhando pra mim, mais severa agora. "Se
tivemos uma festa, então temos as fotografias. Sempre guardei as fotografias,
vou dar uma olhada."
"Obrigado
tia!"
"Mas
porque isso importa? Porque está tão interessada nisso?"
Eu quase
contei pra ela, mas sabia que ela iria rir. Porque se você parar pra pensar
nisso, só tem uma explicação. Coincidência. Deve ter existido outra Sally na família
que eu nunca ouvi falar, e quem quer que tenha escrito aquilo na parede vinte
anos atrás, não escreveu pra mim, escreveu pra ela. Eles queriam dizer isso
para outra Sally de vinte anos atrás. Eu me pergunto como ela era. Me pergunto
onde ela está agora, e se o cabelo dela era crespo. Mas mais do que tudo, eu me
pergunto se ela tem guardado um segredo obscuro todos esses anos. Talvez ela
tenha sido terrivelmente assassinada por razões mortais!
Enquanto
eu estava me preparando para ir dormir eu olhei para minha tia - um olhar que
eu dou quando estou avisando os adultos para não mentir pra mim - e
perguntei, "Existiu outra Sally Sparrow, não existiu? Eu não sou a
primeira, sou?"
Minha tia
me olhou de volta com estranheza por um momento. Eu meio que esperava que ela
recuasse, e me perguntasse em tons vibrantes e soluçando como eu havia
descoberto o segredo da família. Mas não, ela riu e disse:
"Não,
claro que não! Uma Sally Sparrow já é o suficiente. Agora vá para a cama!"
Eu me deitei,
mas não consegui dormir! Tinha que ter outra Sally, tinha que ter. Se não
alguém de vinte anos atrás estava tentando falar comigo por debaixo do papel de
parede e isso era muito estupido!
Quando
minha tia veio me dar um beijo de boa noite (eu sempre finjo estar dormindo,
mas nunca estou) eu a escutei colocar algo na minha mesa de cabeceira. Assim
que eu escutei a porta se fechando, eu pulei e acendi as luzes! Talvez fosse
isso! Talvez seja essa sua confissão - a verdade sobre a outra Sally Sparrow, e
seu destino terrível.
Em cima da minha mesa de cabeceira tinha uma caixa. Eu
ofeguei horrendamente! Apertei meus olhos astutamente (e corajosamente) e olhei
para a etiqueta na tampa (embora eu achasse que rotular restos de humanos
assassinados seria um erro obvio).
A
etiqueta dizia "Fotografias 1985".
As da
festa de Natal estavam embaixo, e levou décadas para eu encontrar. Elas eram
normais, muitas pessoas sorrindo e bebendo, usando chapéus de papel. Minha tia
gorducha estava lá, ainda com meu tio Hugh, e minha mãe, meu pai também, todos
muito finos. E então eu vi! Minhas sobrancelhas se levantaram de perplexidade, um pouco mais altas dessa vez. Porque de pé bem no meio de uma das
fotografias tinha um homem com uma jaqueta de couro e orelhas enormes. Ele
estava no meio de uma fila de adultos que estavam rindo e dançando, mas ele estava olhando
direto pra câmera e segurando um pedaço de papel como um cartaz. E no cartaz dizia: "Sally Sparrow, me ajude!"
Eu
ofeguei, ainda mais espantada. Existia outra Sally Sparrow e obviamente ela
estava tirando aquela foto. E provavelmente ela era um pouco surda, e você
tinha que falar com ela com cartazes de papeis, porque aparelhos auditivos não
tinham sido inventados ainda.
E então
eu olhei para a próxima fotografia. E foi quando tudo mudou. De repente era
como se os sinos da escola estivessem tocando no meu ouvido e eu pudesse sentir
meu coração batendo tão forte no meu peito que provavelmente você poderia ver
os botões do meu pijama pulando.
O homem
estava lá de novo, no fundo da fotografia, segurando outro cartaz. E nesse
dizia: "Olhe de novo atrás do papel de parede."
Enquanto
eu me aproximava do papel de parede minhas mãos tremiam como quando você tenta
fazer sua lição dentro do ônibus. A próxima frase era mais longa e isso era o
que dizia:
"Isso
não é um sonho, e aliás você nunca deveria fazer sua lição no banco do ônibus.
Eu vou provar que isso é real. Pense eu um número, qualquer número, e então se
vista, encontre uma lamparina, e veja o que está entalhado na casca da árvore
mais distante do jardim."
Quando as
pessoas pensam em números elas sempre pensam no dez, ou sete ou algo assim.
Elas nunca pensam em um número grande. Então eu fiz isso, eu pensei em um número grande. Então eu dividi pela metade. E adicionei a minha idade. Então
eu subtrai a idade do Tim. E adicionei quatro, porque eu quis. Alguns minutos
depois eu estava no jardim, tremendo, olhando para a árvore mais
distante.
E lá
estava, entalhado como se estivesse ali desde sempre. Ninguém nunca pensa no número
73. Exceto eu. E o homem que entalhou na árvore mais distante do jardim da minha
tia a vinte anos atrás.
Eu sentei
na minha cama, tremendo e me perguntando o que fazer agora. Mas era óbvio. Eu
puxei outro pedaço do papel de parede. Dessa vez apenas dizia. "Na sala de
estar, estante de cima, bem no fundo."
***
A estante
de cima era onde minha tia guardava todos os vídeos antigos. Ela quase não
assistia televisão, muito menos vídeos, então todos estavam empoeirados. E bem
no fundo, emperrado no espaço entre as prateleiras, estava uma fita que parecia
que esteve lá por mito tempo. E grudado nela, um post-it, que dizia: "Aos
cuidados de Sally Sparrow".
Eu
coloquei no videocassete e deixei a tv em um volume bem baixo para não
acordar minha tia.
E lá
estava ele, sorrindo como um bobão na televisão, o homem das fotografias:
"Olá Sally Sparrow! Alguma Pergunta?"
Ele
estava no meu quarto! Só que não tinha nada nas paredes, e tinha duas escadas
no meio do quarto, como se alguém estivesse decorando. Eu podia escutar a música
da festa vindo do andar de baixo, eu me perguntei se era a mesma festa de 1985.
"Vamos
lá Sally. Você tem que ter algumas perguntas. Eu teria."
Eu fiz
uma careta. De que adianta fazer perguntas se o homem pra quem você está
perguntando não pode escutar?
"Quem
disse que eu não posso te escutar?" sorriu o homem.
Eu
encarei. Acho que provavelmente ofeguei. Minhas sobrancelhas estavam
praticamente saindo do topo da minha cabeça. Era ridículo, era impossível. Eu
nem disso isso alto.
"Não
você não disse." respondeu o homem, checando em um pedaço de papel,
"Você só pensou isso." Ele olhou para o papel de novo. "E sim você
ofegou."
"Quem
é você?" eu disse finalmente.
"Muito
bem, agora sim. Eu sou o Doutor. Eu sou um viajante do tempo e estou preso em
1985, eu preciso da sua ajuda."
Eu tinha
tantas perguntas rodando na minha cabeça que eu não sabia qual escolher.
"Como
você ficou preso?" eu disse.
"Eu
estacionei minha máquina do tempo no galpão da sua tia. Eu estava trancando, e
bem... desapareceu."
"Desapareceu?"
"É
desapareceu. Foi mandada 20 anos para o futuro, eu odeio quando isso
acontece."
Eu olhei
pela janela para onde estava o galpão da minha tia no final do jardim e notei
que algo estava brilhando lá dentro. De repente eu fiquei com um pouco de medo
"Então está aqui?"
"Exatamente.
No galpão da sua tia você vai encontrar uma caixa azul, as chaves ainda estão
na porta. Eu poderia ficar aqui por vinte anos e pegar eu mesmo, mas eu não
quero que caia nas mãos erradas." Ele se inclinou para a frente, e seus olhos
me encararam, "E eu sei que você não é as mãos erradas, Sally Sparrow.
Então eu quero que você a traga pra mim.!"
Eu engoli
seco. Isso era loucura.
Ele olhou
para o papel de novo, "Acho que você tem outra pergunta."
Ele
estava certo. "Você é só uma gravação. Como consegue me escutar?"
Ele
sorriu. “Na verdade, eu não consigo. Acontece é que eu sei tudo o que vamos dizer em
toda essa conversa."
"Como?"
"Porque
Mary Phillips inventou uma música sobre o seu cabelo."
Eu mal
conseguia respirar.
"E
você deu um soco nela, não deu Sally Sparrow? E então você recebeu uma
punição?"
Meu rosto
estava queimando, como ele sabia de tudo isso? Eu não tinha contado nem para os
meus pais.
"Você
tem um trabalho sobre o Natal. Uma redação sobre o que você fez nas
férias." ele sorriu "e eu tenho uma cópia!"
Essa é a parte
mais bizarra. Ele estava segurando uma cópia da redação que eu estava
escrevendo agora!!
"Eu
sei tudo o que você vai me perguntar quando você ver essa fita, porque eu li a
redação que você escreveu sobre ela. É por isso que eu soube o que escrever na
parede - a proposito você tem que me mostrar exatamente onde - e é por isso que
eu sei qual numero você estava pensando."
"Mas...,
mas..." Eu não conseguia pensar de tão rápido que minha mente ia.
"Como você conseguiu uma cópia da minha redação! Eu ainda nem
escrevi!!"
"Eu
já te falei, eu sou um viajante do tempo. Eu consegui no futuro. De uma linda
mulher em uma varanda em Istambul." Ele sorriu como se fosse uma boa memória.
"Acho que ela era meio que uma espiã. Uma mulher incrível! Eu tinha acabado
de ter uma luta de espadas no telhado com dois Sontarans, ela me salvou do
segundo. Então me deu sua redação e falou para guardar comigo, porque eu iria
precisar um dia." Ele sorriu.
"Ela
estava certa!"
Uma espiã do futuro vai ter uma cópia da minha redação? Nem precisa falar da pressão!
Ele
estava olhando para seu relógio "Ok, já está na hora. Preciso que você vá
até a máquina do tempo e traga ela aqui."
"Eu
não seu pilotar uma máquina do tempo. Eu tive rodinhas na minha bicicleta até
os nove anos!!"
"Sally,
eu sei, absolutamente, que você consegue fazer isso. E você sabe como?"
"Como?"
"Porque
eu já li o final da sua história." Ele riu. "E também porque...você
consegue ouvir esse barulho?"
Vindo da
televisão, um agudo crescente terrível.
"O
que é isso?"
Ele
continuava sorrindo.
"É
você!"
Atrás do
homem, uma grande caixa azul apareceu do nada. Eu olhei pra ela. Tinha palavras
escritas em cima da porta, eu me aproxime para lê-las.
Eu
deveria saber. Ele se parece com um policial.
"Essa
é a sua máquina do tempo?"
"Sim,
gostou?"
"Mas
quem a levou até aí?"
Você
quase se cansava de todo aquele sorriso. "Você!"
As portas
da grande caixa azul se abriram. E então a coisa mais incrível de todas. Eu
pisei para fora da caixa! Eu! Sally Sparrow! Outra de mim saiu da máquina do
tempo e acenou para a câmera.
"Olá
Sally Sparrow de duas horas atrás!" disse a outra eu. "É ótimo lá
dentro, você vai amar. É maior por dentro!"
"Viu?"
disse o homem. "Eu te disse que você conseguia pilotar a máquina do
tempo."
"É,
é fácil!" disse a outra Sally, "Travou no relógio dele. Você só tem
que apertar o botão de reset do lado do telefone."
"Quem
te disso isso?" eu perguntei pra ela.
Um olhar
carrancudo apareceu no rosto dela, "Eu disse", falou ela parecendo
confusa.
O homem
parecia um pouco zangado sobre isso.
"Bem,
antes de você disparar ainda mais paradoxos... Sally Sparrow..." ele me
olhou como se fosse um professor pela televisão. "Vá fazer sua lição de
casa!"
"Sim,
você tem que escrever a redação antes de pilotar a máquina do tempo. Vai levar
umas duas horas."
"Já
é o suficiente, vocês duas!" disse o homem, "Já temos paradoxos suficiente
acontecendo aqui, sem vocês ficarem se falando!"
"Mas
escute, vai dar tudo certo!" disse a outra Sally Sparrow. E então me deu o
sorriso mais animador possível.
E oh meu
deus! Você consegue ver meu aparelho!
E então
aqui estou, terminando minha redação. Já é quase duas horas da manhã, e em um
minuto eu vou pegar as chaves do galpão na gaveta da cozinha e cruzar o jardim
para a viajem de uma vida.
Uma
grande e incrível aventura. E não será a minha última, oh não! Só a primeira de
muitas e muitas, para o resto da minha vida provavelmente. De repente eu não me
importa mais com o que a minha tia vai dizer sobre o papel de parede rasgado ou com o
que May Phillips pensa do meu cabelo. Eu vou voltar para a escola depois das
férias e serei boazinha com ela, ela pode inventar quantas músicas quiser. Eu
ajudarei, se fizer ela feliz.
Veja, eu
sei a melhor coisa do mundo. Eu sei o que está por vir. Eu perguntei ao homem
mais uma coisa antes do final da fita. Eu perguntei como uma linda espia do
futuro podia ter uma cópia da minha redação.
"Você
não consegue adivinhar?" ele sorriu. mas não um sorriso irônico. "O
nome dela," ele continuou, "Era Sally Sparrow."
A grande
caixa azul está esperando no galpão no final do jardim. E eu terminei a minha
redação.
Fim.
Escrito por Steven Moffat.
Ilustração: Martin Geraghth
Tradução: Marcela Gonçalves