Review: Spyfall parte 1 e parte 2.

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Depois de uma temporada de estreia difícil de engolir tanto para Jodie Whittaker, quanto para o novo showrunner de Doctor Who, Chris Chibnall, e cheia de críticas para o modus operandi do showrnner que resolveu retirar coisas clássicas da New Who, a nova temporada chegou com Spyfall parte 1 e parte 2 e com um grande, mais grande alívio. 

Não se enganem, por aqui todos sabíamos que a 13ª Doutora de Jodie Whittaker tinha mais do que o necessário para fazer a série acontecer, e tudo o que ela precisava eram bons roteiros, roteiro diferentes dos que foram entregues na temporada passada.  

Se em 2018 eu não tinha nem vontade de assistir mais de uma vez os episódios da amarga 11ª temporada, em 2020, com Spyfall podemos dizer que não faltam elogios tanto para a nossa Doutora quanto para o Showrunner que parece de uma vez por todas ter entendido que se você tira Doctor Who de Doctor Who você apenas consegue entregar algo que lembra Doctor Who, mas que não tem a alma da série. 

Spyfall parte 1 chegou com o clássico "toma aqui sua mamadeira Whovian". Você queria ação? Toma a Doutora pilotando uma moto. Você queria comédia? Os companions estavam ali pra isso. Agora, você queria um arco? Você sentiu falta de uma história? Toma a mais antiga de todas e que sempre funciona com a gente. Porque pra mim é assim, a receita mais antiga de Doctor Who é essa: Deu errado? trás o Master de volta. Não foi bom? Teve crítica? Trás o Master de volta. A receita mais preguiçosa e também aquela que sempre funciona: toma o seu novo Master. E não entendam mal, eu adoro, o Moffat me enganou por anos com isso, o Chibnall pegou a receitinha do sucesso e a gente se derramou de amores por mais do mesmo, e eu gostei, me comprou, cada segundo.  

Ninguém realmente estava esperando isso, e nós temos que dar todos os créditos para o Chibnall e para essa produção que conseguiu guardar um segredo desse. Em épocas Moffaticas, isso seria anunciado no trailer com um grande TA TA TÃAAAAA pra ter certeza que sairia em todos os sites e que todo mundo estaria assistindo o retorno do Master. E foi bem melhor não saber, foi bem melhor o gostinho da surpresa e do choque. Você com certeza, assim como eu, ficou de boca aberta. 

A nova regeneração do Master está nas mãos mais do que capazes do Sacha Dhawan, não tão estranho ao universo de Doctor Who, e vou te falar? Eu amei de verdade essa versão mais nervosa, mais no limite, mais desesperada para causar caos, que ele se propõe a fazer. Aquela cena do avião quando ele se revela, quando a expressão dele muda completamente, foi incrível.  E essa nova regeneração está sendo tratada como vinda depois da Missy, o que não faz muito sentido por aqui. A Missy tinha se redimido naquele maravilhoso episódio com o Master do John Simm e finalmente se tornado a amiga do Doutor, porque andar pra trás? O que teria acontecido?

A resposta pode estar na segunda parte de SpyFall que foi ao ar poucos dias depois. Nesse episódio vemos a Doutora presa no passado tendo que se resolver sem sua TARDIS e atuar sem seus companions, contando com a ajuda de duas novas amigas, Ada Lovelace e Noor Inayat Khan. Enquanto isso Yas, Grahan e Ryan estão sendo perseguidos pelo vilão Daniel Barton no presente e dessa vez não podem contar com a ajuda da Doutora. O episódio se desenvolve bem, com desfechos fáceis porem satisfatórios. Podemos ver mais uma vez a personalidade forte e obscura do novo Master que passa o episódio perseguindo a Doutora para revelar seu grande segredo, Gallifrey foi destruída, de novo. E dessa vez por ele. Por um motivo que tem a ver com o passado dos Senhores do Tempo.

Se cabe uma crítica, e uma das boas que vem desde a temporada passada, o showrunner falha do desenvolvimento dos Companions, falha de um jeito que torna impossível que criemos qualquer tipo de afeição pelos três. Sim, o Graham é o alívio cômico, mas onde eles ajudaram nesses dois episódios? Vendo a Doutora resolver os grandes perrengues do episódio ao lado de Ada Lovelace, só me fez pensar em como ela é incrível quando sua ajuda vem de alguém com algum desenvolvimento bom e que talvez para as próximas temporadas, seja a hora de ela viajar com menos pessoas e pessoas diferentes.

O que foi tão ruim que causou a regeneração do Master pra sua versão mais surtada? E quem é a Timeless Child? 

MEU DEUS É ISSO QUE EU AMO EM DOCTOR WHO. Essas perguntas devem ser respondias nos próximos episódios e finalmene estou animada para o que está por vir. 

O Chibnall devolveu todo o "Doctor Who" que estava faltando em Doctor Who e nesses dois episódios, diferente do que aconteceu na 11ª temporada, onde parecia que eu estava vendo uma série baseada em Doctor Who - sim tinha a TARDIS, tinha a SONIC, tinha a DOUTORA, mas não era Doctor Who - nesses dois episódios eu senti a série, porque estava tudo lá. 
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