Impressões 'The Day of the Doctor'.
Começa agora o meu, o seu, e o principalmente nosso review de The day of the Doctor!
"Pelo menos agora eu sei para onde estou indo...Casa"
O Plot e a História Principal.
Pela primeira vez a história era sobre ele. Não sobre suas companions, não sobre seus amigos, mas sobre ele - O Doctor. Moffat cumpriu sua promessa e nos levou em uma viajem ao dia mais importante da vida do Doctor, o dia em que ele em um ato desesperado matou toda a sua raça para acabar com uma guerra que já se estendia a muito tempo.
A história central nos apresenta John Hurt como o Doctor War, o Doctor criado para lutar na Guerra no tempo, o Doctor que em um dia mataria todos de sua raça por não aguentar mais conviver com os tempos de guerra.
8th Doctor, Paul McGann - se regenerou em John Hurt - Doctor de Guerra criado para acabar com a Grande Guerra do Tempo entre a raça dos Time-Lords e Daleks. Para isso ele usaria um dispositivo dos Time-Lords, mas não qualquer um, porque esse tinha uma consciência, consciência que poderia assumir formas, forma essa que escolheu o rosto de Rose Tyler ou para tempos sombrios Bad Wolf. Sim um dispositivo altamente mortal com uma consciência, ela não poderia deixar o Doctor acabar com toda a sua raça sem saber o que viria pela frente, sem saber que sua punição seria passar o resto de sua vida sozinho, sem saber quantas crianças morreriam em Gallifrey naquele dia.
O dispositivo então levou o Doctor de John Hurt ao seu futuro, trazendo assim o Doctor 10th e 11th para a história. Iria querer ele se tornar aquilo? Um Doctor que esquece e um Doctor assombrado pelo seu passado?
Os Doctors.
Pra quem sempre sonhou com um grande encontro entre Doctors no especial, ganhou muito mais do que estava esperando. O carisma de Matt Smith e David Tennant foi contagiante. As comparações eram evidentes e inevitáveis, foram Sonicscrewdrivers, sapatos, óculos, Tardis etc. Vamos falar para sempre sobre como o 10th Doctor não gostou da nova Tardis do 11th e sobre como ele teve vergonha do seu famoso wibbly wobbly timey wine.
John Hurt foi um show a parte, já sabíamos que ele era um grande ator, mas ele com certeza trouxe algo a mais ao Doctor, ficamos surpresos com o tanto de Doctor que havia nele. Quem pensou que por ele ser um Doctor criado para o Especial ele não iria se encaixar na história, errou feio. A história girava em torno do Doctor de Hurt em torno do que ele estava prestes a fazer, em torno de um momento único.
Companions:
Jenna Coleman é realmente a Companion da vez. Ela pode se oficializar como a mais importante de Doctor Who - não que eu goste de dar a ela esse título, mas vamos contar: Clara é a companion que conhece todas as encarnações do Doctor, ela nasceu para salva-lo e se não fosse ela em The Day of the Doctor o especial teria um desfecho bem diferente, se ela não tivesse acreditado, que aquele Doctor, o Doctor dela não faria isso, Gallifrey não teria sido salva. Porém não se enganem, ela pode ter um papel fundamental na história de Doctor Who, mas falta muito para ela chegar aos pés de suas antecessora.
Rose não era Rose, era Bad Wolf que na verdade era um dispositivo dos Time-Lords. Mas olha só, entre todas as companions, amigos e aliados, o dispositivo escolheu o rosto de Rose Tyler, uma companion que até então o Doctor Hurt nem conhecia. Uma companion que futuramente iria marcar uma de suas encarnações. Eu diria que nem se Moffat quisesse ele poderia ter escrito algo melhor para Billie Piper. Rose e o Doctor já tinham uma ótima história, então pra que mexer nisso não é mesmo? Ele preferiu mostrar mais uma vez como ela foi importante na vida do Doctor. Isso sim é uma grande coisa.
Clássica:
Apesar dos rumores que diziam que não teríamos Clássica no especial, tivemos por diversas vezes momentos que nos levaram a Classic Who, seja por imagens da Susan no Black Archive ou o próprio Black Archive. Sem contar no final que nós temos a aparição de todos os Doctor em uma atividade conjunta salvando Gallifrey. Em uma cena aliás que vai ser difícil apagar da memória.
Ficamos entusiasmado foi com a aparição de Tom Baker, pra que trazer vários Doctors que já não estão com a mesma aparência se você pode trazer aquele que fez Doctor Who por mais tempo? Palavras do Steven Moffat.
O que sentimos falta?
Acho que essa é a mais fácil de se responder. Christopher Eccleston. Quem ai não queria ver John Hurt se regenerando no Chris? acho que todos. Minhas palavras ao corte da cena foram "faltou tão pouco" pois é, eu era uma das pessoas que acreditavam sim que Eccleston iria fazer a cena da regeneração, e como muitos acabei ficando decepcionada.
E como uma boa fangirl, fiquei esperando, aquele momento em que o 10th iria conseguir ver Bad Wolf em forma de Rose Tyler. Fiquei esperando uma troca de palavras, olhares, qualquer coisa. Quando o Doctor Hurt agradece a garota Bad Wolf e o 10th ficou procurando ela, pra mim foi um dos momentos mais tristes de todos. Queria sim, que ele a visse.
Onde o 50th nos leva?
Agora o Doctor tem um destino, um lugar para ir, sua casa, aquela que em sua cabeça ele não iria mais retornar. É uma nova aventura...para o Doctor de Peter Capaldi é claro. Infelizmente Matt Smith não irá ao encontro de Gallifrey no Especial de Natal.
Muito se falou sobre mudar a história de Doctor Who, muda a mitologia disseram. Mas, Doctor Who é isso não é? É poder voltar e fazer certo uma segunda vez, é mudar o que parecia que não tinha mais jeito, é ter uma segunda chance. Moffat deu ao Doctor sua segunda chance, aquela que acreditávamos que não existia.
Doctor Who foi reescrita. Agora ele pode sonhar em voltar pra casa, e não ser o último dos Time-Lords. Tudo que o definia, tudo que ele tentava esquecer agora foi por água a baixo e ele só tem um destino certo, Gallifrey.